sexta-feira, 12 de junho de 2009

Memória do Futebol Sergipano - Santa Cruz



O Sport Clube Santa Cruz é um clube de Futebol Brasileiro, já extinto, da cidade de Estância. Foi o primeiro Clube do interior a ser Pentacampeão Sergipano.
Em Estância, a companhia industrial de Estância (Fábrica Santa Cruz) já possuía um pequeno campo de futebol desde 1930, construído nos terrenos de sua “Vila Operária”. Durante muitos anos serviu apenas para os amistosos do Santa Cruz, clube a ela pertencente desce 1931.
Reativado o Santa Cruz em 1937 pelos novos diretores da Fábrica, tendo à frente Julio
César leite, além de Coriolano Alves de Oliveira, o campo da Vila Operária mereceu maiores cuidados. Quando em 1947, o Santa Cruz filiou-se à Federação sergipana de
Desporto, Julio Leite tinha o firme propósito de preparar um grande time de futebol para disputar o certame oficial. E assim ocorreu em 1955. Mas o campo da Vila Operária ainda estava em reformas, daí o Santa Cruz disputar inicialmente seus jogos
em Maruim. Somente a partir de 1958 é que o campo da Vila Operária teve condições
de abrigar jogos oficiais do campeonato. Interessante é que três clubes de Estância se filiaram à FSD em 1947: Santa Cruz, A. C. Bonfim e Guarany. Apenas o Santa Cruz é
que participou dos certames oficiais, mesmo assim oito anos depois.
Foi neste período que o Santa Cruz possui a melhor equipe e era temido pelos adversários. Jogadores como, Augusto Goleiro - Taratí - João Cego - Serraria - ABC - Teminho - João Rocha (Hoje Bel.João Rocha) Senhor, Zito Aguiar, Everaldo, e vários outros valorosos atletas. Era conhecido como o azulão do Piautinga (rio que banha a cidade de Estância) e já teve não um dia, mas seus dias de Glórias.
Somente anos depois é que Itabaiana e Sergipe se igualaram ao Santa Cruz de Estância.


Títulos: Campeonato Sergipano (1956, 1957, 1958, 1959, 1960)

Fonte: Wikipédia e EstânciaSergipe.org

quinta-feira, 26 de fevereiro de 2009

Memória do Futebol Sergipano - Cotinguiba


Com o nascimento do COTINGUIBA ESPORTE CLUBE a vida sócio-esportiva sergipana começa a se organizar. Sensível aos anseios da gente sergipana, um valioso grupo de intelectuais e desportistas deu início às demarches para a criação da agremiação. A data oficial de fundação é 10 de outubro de 1909. Na ocasião lá estavam os mais autênticos representantes das famílias Franco, Leite, Rollemberg, Garcez e Vasconcelos. Seus primeiros sócios e dirigentes. Era, pois, um clube elitista. Criado e dirigido pelo ‘high-society”.Nasceu onde ainda hoje vive. Tomou o nome de Cotinguiba em homenagem ao rio que nos separa da Barra dos Coqueiros.Depois o rio mudou de nome nesta região e passou a se chamar Rio Sergipe, de acordo com determinação emanada do Poder Legislativo.
O Almirante da Marinha, Aminthas Jorge, tentou algumas vezes (quando de suas visitas a Aracaju) convencer os dirigentes de Cotinguiba e Sergipe a implantarem o futebol nestes clubes, que eram clubes de remo.
Entretanto, havia forte reação dos “sócios-remadores” e dirigentes tradicionalistas que
julgavam o futebol um esporte “para desocupados” e discriminado pela elite. A sua adoção seria a vulgarização daquelas nobres agremiações esportivas, formadas e sustentadas pela nata da sociedade sergipana. Mas o futebol continuava a mostrar sua enorme força popular e, não demorou muito a se formar um conceito diferente entre os associados daqueles clubes. Era o que esperava o Almirante Aminthas Jorge, para conseguir convencer os novos dirigentes daqueles clubes a adotarem o futebol.
Finalmente, em meados de 1916, em uma reunião conjunta dos dirigentes do Sergipe
e Cotinguiba, com a indispensável presença do Almirante, os presidente Godofredo Menezes (do alvi-azul) e Euclides Porto (do alvi-rubro) assinavam o ato de adoção do futebol naqueles clubes, restringindo porém, somente aos sócios, o praticarem. Era a esperada “largada” para o desenvolvimento efetivo do futebol em Aracaju.
No primeiro campeonato oficial, disputado em 1918, organizado pela Liga Desportiva Sergipana, quatro equipes participaram: Cotinguiba, 41° Batalhão F.C., Sergipe e Industrial. Industrial e Cotinguiba se reforçaram com jogadores vindos da Bahia, entre eles, o centro-avante Conceição, que foi o artilheiro do campeonato daquele ano e dois anos depois, retornou ao futebol da “Boa Terra”. O Cotinguiba foi campeão ao derrotar o Sergipe por 2 x 0 no jogo final.
Na década de 40, o COTINGUIBA encontra seu ponto culminante na administração de CLÓVIS CARDOSO quando, assessorado por ALTANESCHE, homem que modificou o cenário arquitetônico de Aracaju, realizou consideráveis reformas na sua sede, surgindo a feição mediterránea que até hoje possui, apesar da rebeldia de algumas reformas que ali foram realizadas em outras gestões. É cognominado “O PALÁCIO ALVI-AZUL DA AVENIDA AUGUSTO MAYNARD”.
Além de ser conhecido como “O DECANO DA FUNDIÇÃO, é, também, chamado pela imprensa especializada, desde 1976, de “O TUBARÃO DA PRAIA”. Um verdadeiro pioneiro. Foi o primeiro campeão de Remo, Futebol, Voleibol, Basquetebol, Pedestrianismo e Natação. No ocaso da década de 50 surgiu em nossa Capital o Futebol de Salão. O COTINGUIBA, juntamente com a ASSOCIAÇÃO ATLËTICA DE SERGIPE, lutou e conseguiu fundar a FEDERAÇÃO DE FUTEBOL DE SALÃO. Realizado o primeiro campeonato da modalidade, o COTINGUIBA foi, como bom pioneiro, o campeão.
Possui um valioso patrimônio e o seu quadro social é o segundo maior do Estado. A gente cotinguibense guarda com amor e orgulho, nomes como ADOLFO ROLLEMDERG, DINHO MELO, ANTONIO MESQUITA, LUCIANO SOBRAL, BESSINHA, AMANDO FONTES, HERMAN CENTURION, JOSUE CUNHA, ANTONIO FRANCO, EDMO SAMPAIO e outros heróis.Após alguns anos de menos euforia, o COTINGUIBA voltou a brilhar pelas mãos dinâmicas, ágeis e corajosas de CÃSSIO BARRETO e WELLINGTON MANGUEIRA. Alguns destaques: Percy Donald, Conradinho, Alagoano, Zeca das Pamonhas, Zé Grilo, Lúcio Mota, Labodi, Ney Dessa, Raimundo Luiz.



Títulos
Campeonato Sergipano:1918,1920,1923,1936, 1942 e 1952.



Curiosidades

- Charuto, jogador campeão pelo Cotinguiba em 1952 e 1957, tinha a fama de ser dono de um chute potentíssimo, segundo o ex-Reitor da Universidade Federal de Sergipe, Professor Alencar Filho, em seu livro Caleidoscópio, onde traça, de forma concisa, alguns momentos importantes da vida futebolística deste que foi e continuará sendo ídolo e ícone de várias gerações. Refere-se desta forma ao jogador:
“ Transferiu-se para o Cotinguiba Esporte Clube, em 13 de agosto de 1945, conforme Boletim de Transferência protocolizado sob o nº 897. O maior chutador de todos os tempos. Esta era e ainda é a sua fama. Chute forte e certeiro. Por isso seus adversários tinham um medo horrível, verdadeiro pavor de fazer barreira quando ele ia bater alguma falta. Quando ele “carimbava” um jogador, o cidadão tinha que sair de campo para ser atendido tanto pelo massagista quanto pelo médico.
Ele costumava furar a rede quando fazia um gol. Os morteiros lançados por Charuto durante um jogo realizado no vizinho Estado de Alagoas, resultaram em três gols… porém, o juiz só validou um.

Pois bem, Charuto, em Sergipe, conseguia essa incrível façanha. Ele fez três gols, mas o juiz só validou um gol. Por quê? Porque o árbitro não sabia se a bola que havia furado a rede tinha entrado por dentro ou por fora, tal era a força do seu petardo.”


- Carlos Tirso, maior artilheiro do futebol sergipano. Transcorria o ano de 1952, época do verdadeiro amadorismo no futebol. O palco foi o antigo Estádio de Aracaju, onde posteriormente seria erguido o Batistão.
No gramado, Cotinguiba, a melhor equipe do futebol sergipano naquela época enfrentava o Atlético, pelo Campeonato Estadual. O Cotinguiba tinha um jovem atacante, com raro faro de gol. Para ele não tinha bola perdida. No vigor dos seus 19 anos, Carlos Tirso formava ao lado de atletas experientes como Gélio, Moraes e Canabrava, um quarteto demolidor. No entanto, nem ele acreditava que seria capaz de tal proeza. Marcar 10 gols em uma só partida e manter o recorde, no futebol sergipano, até os dias atuais. Ele narra o fato com muito orgulho. “Na verdade foram 11 gols. Um deles chutei forte de fora da área, a bola desviou no bum bum do zagueiro e ganhou a linha de gol. O juiz inexplicavelmente, considerou como gol contra. E não foi…”, lamenta. O jogo estava fácil. No primeiro tempo, o Cotinguiba já vencia por 6 x 0. Todos gols, de autoria de Carlos Tirso. “Na fase final fizemos mais cinco. Quatro de minha autoria”, diz orgulhosamente. No dia seguinte, a notícia foi manchete. Carlos Tirso ainda guarda com carinho, recorte do extinto jornal “A Cruzada”, como único registro do feito.
Naquele ano, o Cotinguiba viria a se sagrar campeão estadual de futebol, com um time que não teve adversário, em toda a temporada: Arnaldo, Danglares eAugusto; Meu Canário, Hilton Porto, Caito e Toinho Matraca: Gélio, CARLOS TIRSO, Moraes e Canabrava.

Fontes: Wikipedia, Sítio Arquivos de Clubes, Sítio Futebol Nordeste, Nilo Dias Repórter Blogspot, Sítio Futebol Sergipano e Sítio da Federação Sergipana de Futebol.

domingo, 3 de agosto de 2008

Memória do Futebol Sergipano – América de Propriá/SE



O América Futebol Clube é um clube de futebol brasileiro, sediado na cidade de Propriá, no estado do Sergipe.
O América foi fundado em 8 de Agosto de 1942. As cores escolhidas para seu uniforme foram o verde, o vermelho e o branco. O clube teve seu grande momento na década de 60 sendo vice em 1965 e campeão estadual em 1966. Em 2007 quebrou um jejum de 41 anos, voltando a conquistar o estadual da primeira divisão.
A história do América Futebol Clube começou graças ao esforço de Durval Feitosa. Nascido e criado na cidade de Propriá, o fundador do Tricolor da Ribeirinha iniciou sua paixão pelo futebol acompanhando todos os jogos do Propriá Esporte Clube, conhecido anteriormente por Sergipe Futebol Clube.
Devido à paixão pelo time, logo conseguiu um cargo na diretoria. Porém, após três anos como secretário uma cisão ocorreu no comando da agremiação e Durval deixou o cargo para fundar sua própria equipe.
O Sr. Durval nasceu no dia vinte e quatro de agosto de 1914. Passou sua infância, sua juventude na sua querida Propriá, sua cidade natal. Passou a enfrentar o trabalho logo cedo sendo balconista e depois despachante do Estado. Durval contou, em entrevista ao Jornal da Cidade, que "comercialmente Propriá era uma das cidades mais desenvolvidas do Estado, parou por um determinado tempo, volta agora aos seu ritmo normal". O exemplo de seus pais passou para seus quatro filhos: Luiz Carlos Feitosa, Joaquim Prado Feitosa, João Prado Feitosa e José Prado Feitosa.
Serigy Futebol Clube, esse foi o primeiro nome pensado por Feitosa, mas após o projeto não vingar nasceu o América Futebol Clube, no dia 8 de agosto de 1942. Além de Durval Feitosa, participaram da fundação Pedro Cardoso, Gerdiel Graça, José Rodrigues, Miguel Apolônio, José Graça Leite, Eugênio Amaral, Normando Lima e José Coutinho.
Inicialmente o América sofreu com a falta de recursos financeiros, mas a população de Propriá foi de grande relevância nesse período. Com a ajuda dos torcedores o campo foi construído, todos trabalhavam na obra em fins de semana e feriados, sem descanso e não cobravam nada para isso.
Após 20 anos no amadorismo, em 1960 o profissionalismo chegou para a equipe de Propriá, assim como para todos os clubes do Sergipe, já que a Federação Sergipana, a partir desta data, fez com que os atletas assinassem contratos de trabalho.
A década de 60 foi marcante para a agremiação. Em 1965 a primeira grande campanha foi realizada e o América conquistou o vice-campeonato estadual, sendo derrotado pelo Confiança na final.
Contudo, no ano seguinte a glória veio para o Tricolor da Ribeirinha, que bateu o mesmo Confiança na decisão disputada em quatro jogos e sagrou-se campeão estadual pela primeira vez, para a alegria do então dirigente Durval Feitosa.



Entretanto, a alegria durou pouco e nos anos 1980, com a criação da segunda divisão, o América deixou de participar da elite do futebol sergipano, voltando apenas no ano de 1993. Porém, mal organizado, caiu novamente no ano seguinte e enfrentou seu pior momento na história, deixando de participar de qualquer competição organizada pela federação e voltando ao amadorismo.
Somente em 1998, graças a ajuda do prefeito da cidade na época, Renato Brandão, do ex-diretor Gileno Nunes e do presidente da Federação Sergipana de Futebol, José Carivaldo de Souza, o clube voltou a disputar a segunda divisão do estado.
O time subiu para a elite em 2004, caiu novamente em 2005 e se manteve na séria A até 2006, quando conseguiu mais um acesso. Depois dos altos e baixos a recompensa veio para a equipe do interior de Sergipe.
Com uma ótima campanha em 2007, terminando em segundo na primeira fase e em primeiro no quadrangular final, o Tricolor da Ribeirinha trouxe o segundo título do estado para sua sala de troféus, conquistando a vaga para disputar a Copa do Brasil de 2008 e estabilizou-se na elite do futebol sergipano.

Ídolos e títulos

O América Futebol Clube, ao longo de seus 65 anos, destacou-se por seu poder de equipe. Seus conjuntos trouxeram os dois grandes títulos da história do clube, os campeonatos sergipanos de 1966 e 2007.
A primeira grande campanha, a da conquista do título de 1966, começou na verdade no ano anterior, com o vice-campeonato estadual de 1965, sendo derrotado pelo Confiança por 1 a 0. O resultado negativo serviu de incentivo para o Tricolor da Ribeirinha, como também é conhecido, bater o mesmo Confiança no ano seguinte e levantar a taça.
Os ídolos que vestiram a camisa do América e marcaram seu nome na história foram: França, Henário, Cabo Jorge, Periquito e Simas; Vilson, Dequinha, Tiquinho, Bobô, Geraldo, Romero e Carlos Alberto. A agremiação ainda contou com Pereirinha, artilheiro do time e o grande goleiro Tenisson, conhecido por defender pênaltis em momentos decisivos.
Após as grandes conquistas do esquadrão da década de 60, a equipe da cidade de Propriá passou por um longo jejum de títulos, atravessando 41 anos sem figurar entre os primeiros colocados de competições relevantes no cenário estadual. Apenas em 2007 a situação mudou.
Novamente o espírito de grupo prevaleceu no tricolor. Contando com os jogadores André, Marcos Teles, Alan, Gian, Marcos Vinicius, Edinaldo, Josa, Nilson, Milton, Sérgio Paulista, Adriano, Rony, Carlinhos, Juninho, Hilton, Ronaldo, Warle, Mica e Nenê, além do comando de Ribeiro Neto, o time terminou o quadrangular final com um ponto a mais que o Confiança e sagrou-se campeão do campeonato sergipano de 2007.



Fonte: Site HowStuffWorksFutebol
Site América/SE